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Fed mantém juros nos EUA e ignora pressão de Trump por cortes imediatos

Foto do escritor: Rafa fabrisRafa fabris

Mesmo com os apelos do presidente, Fed resiste e mantém a política monetária nos Estados Unidos, elevando a tensão entre Casa Branca e banco central.


Se você achou que política monetária fosse coisa chata, é porque ainda não viu Trump e o Fed trocando farpas sobre os rumos da economia americana. Em meio a declarações bombásticas e uma dose generosa de pressão presidencial, o Fed decidiu manter os juros dos EUA na faixa de 4,25% a 4,50% ao ano, desafiando diretamente as vontades de Donald Trump.


Fed resiste à pressão de Trump e mantém juros


Em sua primeira reunião desde a posse de Donald Trump, o Fed optou por segurar as rédeas da economia e manteve a taxa de juros inalterada, frustrando as expectativas do presidente recém-empossado. A decisão, unânime, veio logo após Trump afirmar, durante o Fórum Econômico Mundial em Davos, que exigiria uma queda imediata nos juros para impulsionar a economia americana.


Jerome Powell, presidente do Fed, preferiu não alimentar a fogueira ao ser questionado sobre as falas de Trump. "Não cabe a mim", disse ele, reforçando que o banco central seguirá focado em suas próprias metas e não nas vontades presidenciais.


Impactos no Brasil e no mundo


A manutenção das taxas de juros nos EUA gera um efeito dominó na economia global, incluindo o Brasil. Juros altos por lá aumentam o apelo dos investimentos em títulos americanos, conhecidos como Treasuries, considerados os mais seguros do planeta. Isso reduz o fluxo de capital estrangeiro para países emergentes, como o Brasil, e pode desvalorizar moedas locais, elevando a inflação e pressionando o Banco Central brasileiro a manter a Selic elevada.


As promessas de Trump sobre uma agenda econômica protecionista e conservadora, com aumento de tarifas e restrições à imigração, deixam os mercados em alerta. A guerra comercial com a China, que ainda não se concretizou, também é um ponto de tensão que pode obrigar o Fed a manter os juros altos para conter um possível aumento da inflação.


O que disse o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc)?


O Fomc revisou suas projeções, removendo a afirmação de que a inflação dos EUA "progrediu" rumo à meta de 2%. No entanto, destacou que os preços ainda sobem em ritmo elevado, o que justificaria a manutenção dos juros atuais. Com uma economia ainda em expansão e o desemprego em níveis historicamente baixos, o Comitê julga que a política monetária está "bem posicionada" para os desafios econômicos que surgirem.


Jerome Powell reforçou que "não é preciso ter pressa no ajuste de política monetária", indicando que o Fed seguirá monitorando os indicadores econômicos e ajustará sua postura apenas quando necessário.


Trump x Fed: um duelo de gigantes?


Com suas declarações incisivas, Trump busca pressionar o Fed a adotar uma postura mais flexível. Entretanto, a independência do banco central americano permanece um pilar fundamental da política econômica dos EUA. A pergunta que fica é: até que ponto Trump conseguirá influenciar as decisões do Fed e quais serão os impactos disso na economia global?


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