Saiba como uma startup suíça está transformando trilhos ferroviários em fontes de energia limpa e sustentável.
A energia solar é uma das fontes renováveis que mais cresce no mundo, e no Brasil já são mais de 2,5 milhões de instalações em telhados e terrenos. Mas encontrar espaço ideal para os painéis fotovoltaicos é complicado. Pensando nisso, uma startup suíça encontrou um lugar inusitado para gerar energia solar: os trilhos de trem. Saiba mais sobre os trilhos solares.
Trilhos solares: solução criativa para um problema comum
Além de ser difícil encontrar terrenos disponíveis, esses espaços costumam ser caros e concorrem com outras atividades, como a agricultura. Para resolver isso sem impactar as paisagens, a startup Sway instalou placas solares nos trilhos ferroviários da Suíça.
O projeto piloto começou em maio de 2023, no sistema público de trens da Suíça ocidental, próximo à estação de Buts.
Os painéis, com um metro de largura, são presos aos trilhos por pistões e podem ser instalados e removidos mecanicamente por um trem, quase como desenrolar um tapete. O próprio trem que instala os painéis possui escovas para limpá-los conforme necessário. De tal forma, há um sistema de monitoramento para notificar a empresa sobre qualquer dano nos trilhos.
Potencial energético dos trilhos solares
Os trilhos ferroviários suíços têm uma extensão total de 5.317 km. Se cobertos por células fotovoltaicas, essa área, equivalente a 760 campos de futebol, poderia gerar impressionantes 1 terawatt-hora de energia solar por ano. Para ter uma ideia, uma casa consome em média 300 kWh por mês. Ou seja, 1 terawatt-hora poderia suprir a energia de cerca de 277 mil casas por um ano.
Desafios e futuro dos trilhos solares
Apesar do potencial, ainda há desafios. Os painéis solares podem sofrer microfissuras, aumentando o risco de incêndios em áreas verdes, e causar distração aos maquinistas com reflexos. A Sway garante que seus painéis são mais resistentes que os convencionais e possuem um filtro antirreflexo, mas reconhece que ainda há muitos fatores a serem estudados antes de uma implantação em larga escala. A empresa pretende expandir essa tecnologia para outras áreas da Europa, como Alemanha, Áustria e Itália, e também para os Estados Unidos e Ásia.
Será que essa inovação chegará ao Brasil? Deixe sua opinião nos comentários!
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